Brasileiros naturalizados em 2025: conheça 5 atletas que escolheram defender outras seleções



Brasileiros que decidiram mudar de bandeira

O futebol internacional segue sendo um palco de grandes histórias. Entre elas, a de jogadores brasileiros que optam por defender seleções de outros países. Em 2025, esse fenômeno ganhou novos capítulos com atletas que decidiram se naturalizar e vestir outras camisas. Com destaque para três estreias importantes neste ano, essas escolhas reacendem o debate sobre identidade, oportunidades e reconhecimento no esporte.

A seguir, você vai conhecer cinco brasileiros que atualmente defendem seleções estrangeiras. Alguns são jovens em início de trajetória, outros já colecionam conquistas com suas novas camisas. E apesar das histórias distintas, todos compartilham o mesmo ponto de partida: o Brasil.



Felipe Jack: entre Brasil e Itália

Felipe Jack é um caso emblemático. Ainda nas categorias de base, ele já viveu a experiência de representar duas grandes seleções: Brasil e Itália. O zagueiro nasceu em solo brasileiro e começou sua formação no Palmeiras. Lá, foi destaque e capitão em uma geração recheada de talentos, como Endrick (hoje no Real Madrid) e Vítor Reis (Manchester City).

Atualmente no Como, da primeira divisão italiana, Felipe foi convocado em março deste ano para a seleção sub-19 da Itália, participando da Elite Round contra a Espanha. Ele explicou sua decisão de forma consciente: “Ainda posso jogar pelas duas seleções. Disputar torneios internacionais, seja pelo Brasil ou pela Itália, é sempre muito importante”. Com cidadania italiana e futuro promissor na Europa, a tendência é que Felipe continue no radar da Azzurra.

Foto: Reprodução/Instagram



Jorginho: veterano com alma italiana

Jorginho é um dos nomes mais conhecidos da lista. Natural de Imbituba (SC), ele passou por clubes como Brusque e Verona antes de brilhar no Napoli e no Chelsea. Desde 2016, veste a camisa da seleção italiana, com quem conquistou a Eurocopa de 2021 sendo peça fundamental no meio-campo.

Mesmo tendo raízes brasileiras, Jorginho se sente completamente integrado à cultura italiana. Como ele mesmo declarou: “Defender a Itália é muito especial para mim… A Itália me escolheu para jogar por eles, apesar de eu ter nascido em outro país”. Hoje no Arsenal, ele não é convocado desde a Euro 2024, mas seu legado com a Azzurra permanece forte.

Foto: Getty Images



Mateus Nunes: decisão por Portugal antes mesmo do auge

Um dos casos mais raros aconteceu com Mateus Nunes. Em 2021, quando jogava pelo Sporting, ele recebeu uma convocação da seleção brasileira e simplesmente recusou. A preferência foi por Portugal, país onde construiu sua carreira desde as categorias de base. Ele passou por clubes como Ericeirense e Estoril até chegar ao estrelato com os Leões.

Na ocasião, o técnico Tite ainda estava à frente da seleção brasileira. Mesmo assim, Mateus optou por Portugal e explicou: “Depois de pensar muito, cheguei à conclusão de que era melhor jogar pela seleção portuguesa. Acho que vou ser mais feliz aqui”. Ele estreou em outubro de 2021, mas não é chamado desde junho de 2024, mesmo atuando atualmente no Manchester City.

Foto: Getty Images



Serginho: da Vila Belmiro para o coração da China

Serginho talvez seja um nome pouco familiar ao público brasileiro, mas é um símbolo no futebol asiático. Formado no Santos, ele ganhou notoriedade ao ser emprestado ao América Mineiro em 2018, despertando o interesse de Zico. Na época, o ídolo do Flamengo atuava como diretor no Kashima Antlers, do Japão, e recomendou sua contratação.

Depois de boas temporadas no Japão e na China, onde defendeu clubes como Changchun Yatai e Beijing Guoan, Serginho optou por se naturalizar chinês. Em março de 2025, ele fez sua estreia pela seleção da China nas eliminatórias asiáticas. Ele comemorou a oportunidade com orgulho: “Hoje sou cidadão chinês e estou realizando o sonho de jogar pela seleção. Representar a China é uma honra”.

Foto: Reprodução/Instagram



Caio Lucas: ídolo nos Emirados Árabes Unidos

Caio Lucas é outro brasileiro que construiu uma carreira sólida fora do radar nacional. Revelado na base do São Paulo, foi descartado por ser considerado muito franzino. A virada veio no futebol japonês, pelo Kashima Antlers. No entanto, foi nos Emirados Árabes que sua carreira explodiu.

Jogando inicialmente pelo Al-Ain, Caio ajudou a equipe a conquistar títulos e a disputar o Mundial de Clubes de 2018 contra o Real Madrid. Ele ainda teve uma breve passagem pelo Benfica antes de retornar ao mundo árabe, atuando pelo Sharjah. Naturalizado, estreou pela seleção dos Emirados em março deste ano contra Irã e Coreia do Norte. Segundo ele: “Um país que me acolheu, me deu tudo que tenho. Foi fácil escolher aqui”.

Foto: Divulgação



Oportunidade, visibilidade e escolhas conscientes

Muitos desses atletas, como Serginho e Caio, provavelmente não teriam espaço na seleção brasileira. Falta de mídia, competição intensa por vagas e até aspectos logísticos acabam afastando esses jogadores da Canarinho. Assim, aceitar o convite de outras seleções se torna não só uma alternativa viável, mas também uma forma legítima de realização pessoal e profissional.

Além disso, jogar por outra seleção pode garantir maior visibilidade internacional e até estabilidade na carreira. Em muitos casos, a nova pátria oferece aquilo que o Brasil não conseguiu: valorização e confiança. Portanto, é natural que os atletas agarrem essas chances.



E Felipe Jack ainda tem escolha

Apesar de já ter defendido a seleção sub-19 da Itália, Felipe Jack ainda pode optar pela seleção brasileira principal no futuro. Isso só deixaria de ser possível caso ele jogue uma partida oficial pela equipe principal da Itália. Com apenas 18 anos e uma carreira ainda em construção, ele permanece no radar de ambas as seleções.

Com a provável compra em definitivo pelo Como, é possível que sua presença na seleção italiana se torne mais frequente. No entanto, como ele mesmo disse, essa decisão ainda pode esperar. O importante, por enquanto, é continuar evoluindo e ganhando experiência internacional.

Foto: Divulgação/Como 1907



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(Capa do Artigo: Getty Images)

Derek

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