De onde vem o dinheiro do presidente do PSG, Al-Khelaifi
Nascido em 12 de novembro de 1973, Nasser Al-Khelaifi não veio de uma família de posses nem da realeza do Qatar. Ainda jovem, tentou a sorte como tenista profissional. Sua carreira nas quadras, no entanto, foi discreta e sem grandes títulos, tendo se mantido por mais de uma década entre os 1000 melhores do ranking da ATP.
Apesar dos poucos holofotes como atleta, ele conseguiu algo muito mais valioso fora das quadras: formou uma forte amizade com Tamim bin Hamad al-Thani, que viria a se tornar emir do Qatar. Essa conexão abriu portas para sua carreira executiva e foi determinante para que ele assumisse funções estratégicas dentro de empresas estatais e fundos de investimento ligados ao governo do país.

Ascensão no Qatar Sports Investments
Graças à confiança do emir, Al-Khelaifi foi indicado para presidir o Qatar Sports Investments (QSI), um braço de investimentos focado no esporte e vinculado ao Estado. Em 2011, sob sua liderança, o fundo adquiriu o Paris Saint-Germain, até então um clube tradicional, mas longe de ser protagonista no cenário europeu.
A chegada de Al-Khelaifi ao comando do PSG marcou uma virada histórica para o clube. Ele promoveu uma reestruturação profunda e investiu pesado em estrelas como Zlatan Ibrahimović, Neymar, Kylian Mbappé e Lionel Messi. Assim, o PSG se consolidou como uma potência global, alcançando finais de Champions League e dominando o futebol francês.

Atuação estratégica nos bastidores do Psg
Além do PSG, Al-Khelaifi ocupa cargos estratégicos que ampliam ainda mais sua influência. Ele é o atual presidente da Federação de Tênis do Qatar, cargo que reforça sua ligação com o esporte que o revelou. Paralelamente, atua como CEO do beIN Media Group, um dos maiores conglomerados de mídia esportiva do mundo, com presença em mais de 40 países.
Seu papel também é crucial nas decisões que moldam o futebol europeu. Como membro da UEFA e da European Club Association (ECA), Al-Khelaifi participa ativamente de discussões sobre o futuro das competições de clubes, direitos de transmissão e estrutura financeira do futebol continental. Isso o coloca lado a lado com os dirigentes mais importantes do esporte.

Patrimônio milionário e projeção internacional
Apesar de não ser oficialmente o “dono” do PSG, Al-Khelaifi é frequentemente visto como a figura central do projeto esportivo do clube. Sua liderança é apontada como um dos principais fatores por trás da valorização da marca Paris Saint-Germain, que hoje rivaliza com gigantes como Real Madrid e Manchester City em alcance global.
Em 2017, o próprio executivo revelou que sua fortuna girava entre US$ 70 e US$ 100 milhões — valor que, na época, representava cerca de R$ 585 milhões. Com a expansão de seus negócios, especialistas estimam que seu patrimônio pessoal já tenha ultrapassado R$ 1 bilhão, fruto de seus investimentos, salários executivos e bônus de desempenho em diferentes frentes.